data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Em até 60 dias, Santa Maria deve passar a ter um amplo complexo de videomonitoramento e de cercamento eletrônico. Desde a assinatura da ordem de serviço da prefeitura com a Vigillare Sistemas de Monitoramento - empresa vencedora de uma licitação de R$ 5,8 milhões -, está correndo o prazo de 90 dias (que se encerra em novembro) para a instalação das 691 câmeras em 146 locais da cidade. Até o momento, já foram colocados, pela empresa, 320, o que representa 46% do total previsto.
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A informação foi dada à reportagem pelo chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez. Dentro da promessa de uma ferramenta moderna e, até então, inexistente na cidade, há o enfoque no combate ao furto e roubo de veículos. Porém, uma situação que se avizinha deve gerar polêmica: a instalação de controladores de segurança que, entre outras funções, poderá servir para aferir um eventual excesso de velocidade em uma via.
Além da segurança, carro-chefe da proposta do cercamento, há a possibilidade de flagrar quando o motorista pisa fundo ao passar por vias centrais. Isso é possível porque a gestão de Jorge Pozzobom (PSDB) deu início, ontem, à instalação de seis equipamentos (chamados de controladores de segurança) em três avenidas: Walter Jobim, Hélvio Basso e Diácono João Luiz Pozzobon. Cada uma receberá dois aparelhos em ambos os sentidos.
"Não é pardal"
Será possível, na prática, que as câmeras identifiquem veículos roubados e furtados, e, ainda, aqueles que excederem a velocidade. Também será passível identificar veículos com IPVA em atraso. Cortez é enfático ao dizer que a medida não tem um caráter arrecadatório ou punitivo, mas ressalva:
- Não é pardal. Vamos instalar esses equipamentos em vias pavimentadas, dentro do perímetro urbano, e que tenham uma grande circulação de veículos. Esse é o primeiro passo do cercamento eletrônico. Não se está fazendo tudo isso para dar um viés arrecadatório, insisto. Mas é aquilo: quem estiver em atraso (com o IPVA) ou que cometer uma imprudência, será punido. É da lei.
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Ainda dentro da cidade, serão instalados, até novembro, 32 equipamentos com uma capacidade maior na captação de imagens e com outros dispositivos que possam auxiliar as forças de segurança a identificar as mais variadas situações. Esses aparelhos, afirma Cortez, além de auxiliar na redução da acidentalidade, irão servir para aumentar a sensação e a percepção de segurança por parte da população.
A largada do cercamento dá fim a um hiato de 15 meses em que Santa Maria está desguarnecida de câmeras de monitoramento e de alarmes em prédios e espaços públicos da cidade. Em julho de 2018, houve o fim do contrato com a própria Vigillare, que prestava o serviço. Com isso, 500 câmeras ficaram inoperantes. Neste ano, após nova licitação, a Vigillare venceu o certame para manter por até cinco anos os serviços de câmeras, alarmes, rastreamento de veículos e monitoramento das ruas.
ENDEREÇO ÚNICO
O videomonitoramento e o cercamento eletrônico funcionarão em um único endereço: na Avenida Medianeira, onde era a sede da Justiça Federal Militar. O local será o Centro Integrado de Operações e Emergência (Ciope). No imóvel doado pela União ao Estado ficarão a Central de Videomonitoramento (da prefeitura), o serviço de 190 da BM e a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA).
Da integração à pronta resposta
Guilherme Cortez explica que dos 146 locais que serão monitorados pelas 691 câmeras, mais de cem são prédios da prefeitura, como escolas, postos de saúde, etc. O chefe da Casa Civil enfatiza que o eixo de atuação do plano de segurança para Santa Maria se dá alicerçado em cinco grandes frentes: cercamento eletrônico (câmeras em 32 locais), alarmes em locais públicos, controle de sinaleiras, rastreamento de veículos (acompanhamento da frota de veículos do município) e, claro, as 691 câmeras.
- Será, sem dúvida, um serviço referência para todo o Estado. O efeito disso tudo ficará ainda mais evidente com a integração das forças de segurança no Ciope. Teremos uma pronta resposta à sociedade. E sem dizer do quão impactante é saber que há, na cidade, mais de 600 câmeras operando 24 horas por dia, sete dias por semana - projeta.
Cortez exemplifica com a Praça Saturnino de Brito, tradicional ponto da calourada universitária e onde, em 2015, um jovem foi assassinado. Ali, haverá 16 câmeras.